sábado, 26 de setembro de 2009

ENTREVISTA COM O PÂNICO - O LIVRO


É com imenso prazer que apresento o lançamento de meu segundo livro: ENTREVISTA COM O PÂNICO.
Uma obra urgente e necessária no imenso caos que a medicina se encontra em confundir o sintoma pânico por uma doença que não existe. Sim, o pânico não é uma doença, assim como todo o processo sintomático vindo da ‘árvore ansiedade’ é clareado nesta ousada e emocionante obra, com toques autobiográficos. Mas não vou me antecipar...


Acesse o site www.curadopanico.blogspot.com e adquira já o seu exemplar. O formato é em e-book e pode ser lido em seu computador, palm, celular ou até imprimir. Você recebe um download com o arquivo do livro completo e embarca nesta viagem emocionante e esclarecedora.

Leia a Sinopse abaixo:

A rotina de um terapeuta transpessoal é virada ao avesso quando em seu consultório uma pessoa se dizendo ser o próprio Pânico resolve pedir ajuda e se tratar. Ele chega em uma confusa crise de identidade e grave quadro depressivo, culpando a medicina e seus portadores de não o entenderem. Aceitando tratar o inusitado paciente, com suspeita de transtorno de personalidade e delírio, o terapeuta viaja aos surpreendentes bastidores da Síndrome do Pânico, ressignificando tudo que já se disse sobre o assunto, encontrando explicações e pontos de vista realmente novos e ainda não entendidos - chegando à conclusões surpreendentes desta patologia psíquica que não para de crescer no mundo moderno e já ocupa o segundo lugar como queixa nos consultórios médicos e terapêuticos. Em Entrevista com o Pânico o autor e terapeuta Jordan Campos, que quando jovem conseguiu superar um doloroso quadro desta Síndrome em si mesmo, junta fragmentos autobiográficos e o conjunto de pesquisas em neurociência, biopsicossomática e psicologia a um universo holístico palpável a todos os públicos. Uma abordagem profunda, emocionante, reveladora e bem humorada que conduz o leitor a um novo olhar libertador sobre este novo mal dos tempos modernos.

Quem seria esta pessoa? Seria o próprio Pânico? O que ele quer de nós? Existe realmente a cura total? O que ele está disposto a revelar?

Acesse agora e garanta seu exemplar: www.curadopanico.blogspot.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

I Congresso Nacional de Terapia Regressiva



CLIQUE NA IMAGEM AO LADO PARA AMPLIAR.

Estarei participando como conferencista neste grande congresso que acontecerá em Salvador, que contará com grandes nomes da terapia regressiva no Brasil e que com cereteza será um marco para nossa cidade no que se diz respeito à saúde mental e processos terapêuticos.

De 20 a 22 de novembro de 2009 - Abertura: 20/11 (sexta), às 19h30 - Encerramento: 22/11 (domingo), às 18h. Local: Salão Pacífico do Hotel Porto Farol - Barra - Salvador-BAHIA - VAGAS LIMITADAS!!! RESERVE JÁ A SUA!!! Informações: 71 3346-3924 / 8841-8077 E-mail: cmailto:congressoregressaobahia@gmail.com
  INSCRIÇÕES ABERTAS!!!




domingo, 20 de setembro de 2009

Solidão no Divã - Um Ensaio

Por Jordan Campos

Estava voltando para casa esta semana quando parado fiquei em um longo engarrafamento. Algo deveria ter acontecido, pois não era normal que às 22h aquela avenida estivesse assim numa quinta-feira simples. Os ânimos estavam alterados, aliás, como em qualquer evento que pareça tirar um segundo da rotina deste povo de meu planeta Terra. A ansiedade estava num processo perigoso e acelerado em toda esta gente. Todos assaltados por pensamentos ansiosos e antecipatórios, e sempre insatisfeitos com tudo. Não importava se tinham um bom emprego, queriam mais; se tinham uma boa família, procuravam sempre algo para servir de desculpa em suas escapulidas... Um quadro repetitivo e vazio. E que aos poucos por falta de solução, somatizava as conhecidas síndromes psiquiátricas na mente. Depressão, pânico, TOC, transtornos alimentares – todos prolongamentos distintos de um mesmo agente: a ansiedade. Mas de onde vinha esta ansiedade? – Essa era a pergunta recorrente em meu consultório e em eventos que participava. Culpavam a mídia, a globalização, as exigências de mercado, o ritmo acelerado. Não estavam errados, mas também não totalmente certos. Eu havia depois de anos estudando o assunto e levando à prática, observado que todas estas pessoas tinham algo muito em comum: sofriam de solidão. Uma solidão profunda. E solidão não é falta de gente para sair, namorar ou fazer sexo, isto é carência, e carência não é solidão. Solidão também não é o sentimento experimentado pelas pessoas que estão longe ou pelas que já se foram e não podem voltar, isto é saudade e saudade não é solidão, embora muito confundida com esta. Muitas vezes nos impomos um tempo íntimo e nos afastamos para reorganizar a mente e respirar um pouco, e isso é busca de equilíbrio e jamais solidão. Outras vezes o destino nos coloca, sem perguntar se queremos, num claustro involuntário como lagartas em casulos, e isso é uma lei da natureza. Falta de gente ao lado é simplesmente um momento, um detalhe. Solidão é muito mais simples e duro que isso, é quando nos desconectamos com nossa própria alma e procuramos desesperadamente pelo nosso EU. Solidão é ausência do EU. É quando dentro de nós não existe mais esta identidade e ficamos ansiosos a procurar algo que possa fechar este buraco.


Procuramos em ocupações, em compras, em paixões vazias e príncipes encantados e soluções que caiam milagrosamente do céu e nos enganamos em todos os beijos e camas que deitamos, produzindo assim uma doença de solidão que a depender do mapa mental de cada um fica representada com a classificação moderna das síndromes psiquiátricas. É como se cem pessoas estivessem dentro de uma sala fechada e lá fosse lançado um agente alérgico. Destas cem, setenta nada sentiriam. Dez sentiriam muita coceira, dez começariam a espirrar, cinco sentiriam falta de ar, três sentiriam os olhos arderem e muita dor de cabeça e duas entrariam em choque anafilático. O mesmo agente levando a uma repercussão diferente em cada ser. Assim é a solidão como agente alérgico. Ela invade aquele ambiente e provoca a sensação de algo errado que é a ansiedade, e logo depois alguns desenvolvem depressão, outros pânico, transtornos alimentares e TOC. Poucos podem pirar mesmo e cometer um suicídio.
A teologia explica que a solidão é a falta de Deus em nós, que precisamos dele para nos sentir completos. A sociologia explica que quando o indivíduo não corresponde às expectativas das normas sociais vigentes em sua cultura, este ser fica a par da sociedade e desenvolve uma solidão social. A psicologia ortodoxa enxerga que problemas no comportamento e na formação da personalidade fazem o ser se sentir só, complexo, traumático e desenvolver a solidão. A filosofia é um tanto mais radical e diz que nascemos sós e vamos morrer a sós, e que nada adianta se fazer como perda de tempo – devemos aceitar nossa solidão e viver com ela.
Na era atual podemos entender que de tudo isso há uma vertente real, e que se olharmos profundamente a solidão não é falta de alguém ou de algo; é sim falta de si mesmo – falta de identidade. Perdida em alguma circunstância traumática e dolorosa, talvez muito antes de nós mesmos como nomeados em nossas carteiras de identidade. Carregamos uma solidão congênita, que pode ser na memória biológica de nossos ancestrais ou na memória espiritual de outras vidas. Mortes mal morridas desenvolvem uma sub-personalidade de solidão, o espírito fica perdido no momento da morte e não consegue se guiar ou ser guiado, não entende e não aceita aquela morte e se sente traído por Deus e por ele mesmo nas suas crenças imediatistas e provisórias. O destino compulsório impõe outra existência a este ser como prova de amor e continuidade, mas um simples fator traumático, como um parto complicado, por exemplo, evoca a memória da sub-personalidade. Outras pessoas são vítimas de tragédias, de guerras, onde todos morreram e elas ficaram sós. De abandonos profundos que levaram à morte. De prisões em sentimentos, objetos e circunstâncias. E precisam ‘voltar lá’ e reconectar a experiência para trazerem de volta o seu Eu. Hoje temos solidões químicas também, onde as drogas o álcool e os vícios produzem um adeus à identidade e ocupam este lugar provocando a dependência e muitas vezes a morte social e real. Sempre que colocarmos a nossa felicidade em algo ou alguém, estamos prontamente justos a fracassar. Pois tudo pode nos decepcionar, até nos mesmos! Digo com firmeza que a síndrome do pânico ou qualquer transtorno de raiz ansiosa começa na solidão, ou na falsa completude. Quando a ‘ficha começa a cair’ o corpo assusta e o tal ‘vômito mental’ chega e desesperamos. Toda pessoa que desenvolve a crise deve parar e perceber que sente solidão. Talvez seja uma daquelas com a ‘síndrome do eterno insatisfeito’, mascarando a imensa dor que sentem pela falta de si mesmos. Solidão, solidão... Solidão.

Cheguei ao final do engarrafamento e muitos solitários voltaram para as suas casas cheias, mas vazias. Andavam em bando, mas eram sós.

Forjavam um verniz de potência sobre tudo – alicerce de vidro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Tecla Pause

Por Jordan Campos

Você entenderia se eu pedisse para parar o mundo?
Sim, se todas as pessoas de repente pudessem ser pausadas.
Tudo: carros, animais, gente.
Então, se você pudesse escolher apenas uma das milhões de pessoas pausadas.
Escolher uma, para estar em “play” contigo.
Quem seria esta pessoa?
Um “inimigo” para acertar as contas cara a cara?
Uma paixão para saciar o desejo em qualquer lugar que não mais em seu pensamento?
Um Amor para andar de mãos dadas olhando para a lua, sem tirar os olhos uma vez para conferir se está tudo bem ao redor?
Então, o que você faria?
E se de repente você não quisesse apertar “play” nenhum e sair a sós.
Bater aquele papo com o nada.
Que só é nada porque não foi traduzido.

Voltando à questão:
Quem você escolher, mesmo sendo ninguém, pense sobre isto.
Com certeza vai mostrar como atualmente está direcionada a sua rotina
Vai te revelar como as coisas ao seu redor estão acontecendo e por quê.
Sim, esta feliz ou infeliz pessoa vai dizer muito às suas dúvidas atuais.

De onde eu tirei isto?
Ontem, viajando de pelos céus, pensei nisso.
E queria aqui te convidar a apertar sutilmente o ‘pause’.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Por Falar em Paixão...

Por Jordan Campos

Buscamos como ao ar uma ponta que seja da tal felicidade, do gosto dos filmes e das novelas.

De onde vem este sentimento que para e muda o humor do mundo assim e talvez faça a gente se sentir tão melhor, mesmo que por um longo segundo? Somos os desbravadores dos mares e do espaço, mas primatas do coração, reféns d’uma saliva angustiante alheia e de um tremor que nos faz pegar no coração com os cansados dedos e sentir doer e arder literalmente. Você já sentiu o coração doer de amor? Não estou falando da metáfora, digo literalmente - num vazio angustiante ou numa pontada cruel? Sim, ele dói. Sim, ele pede algo ‘incompreensível’ desde que nascemos. Buscamos a tal metade da laranja e não nos contentamos com o limão com açúcar e pinga, não. Enganamos-nos nas bocas e nos sexos. Eles invertem os papéis, trocam os gêneros e ainda assim há de se fazer sentido em algo sem sentido. Queremos para sempre o que não temos e adoecemos coletivamente da pathos, vulga paixão.

Quem não se apaixona não vive. Há dor nisso também, como milho apertado que só na dor vira a bela pipoca. Ah, pipoca lambuzada da derretida dita cuja!
Como dizia o Renato querendo falar da paixão: “quem inventou o amor, me explica por favor”.
É um desafio na terapia que faço e sinto a cada dia desafiar os enredos do amor e da paixão. Não se pode friamente guiar. Há de se precisar sentir e se travestir do mais belo espelho para tentar devassar as profundas tristezas, com carinho e pureza, esfaqueando Freud que se remove na tumba, e que sinceramente não me dá a menor pena. Trocou a entrega única que explica e cura na sequência, numa vertente bifásica, por um charuto fálico e perdeu a chance de ir simplesmente além do médio.

Apaixone e deixe apaixonar.
Ame sempre, no entanto.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pecados

Por Jordan Campos


Tu tens o apetite voraz que é a loucura dos normais.
Tens todos os pecados capitais em ti:

Tens a Luxúria - lascívia corrupta que arde o que te encontra.
Tens a Ira – paixão cega que te incita ao medíocre.
Tens a Avareza – este imenso desejo de possuir: concupiscência primitiva, a cobiça do Eu.
Tens a Soberba – não no orgulho, mas no amor-próprio exagerado.
Tens a Gula – no excesso do amor e das iguarias que se auto-consomem em tua boca.
Tens a Inveja – desgosto ao próspero conquistado e não remetido em Capital Social a ti.
Tens a preguiça – indolência, morosidade e negligência consigo mesmo.

Ok, e agora qual a solução, pergunta-me?
Quantos milhos a ajoelhar para o confessionário que fez?!
Eu por acaso sou padre, bispo ou enviado?
Vai me pedir para te julgar outra vez?
Pergunta-me onde estão os culpados, seus cães e capachos?!
Talvez sejam teus vizinhos, quem está agora na tua casa ou simplesmente quem escreve isso aqui para ti agora.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Profecia

Sentar e escrever apenas, sem meta ou planos... Deixando cada palavra formar uma sentença e entregar-me ao mais fundo estado de alma. Distrair o ego por um instante e mostrar tudo que se tem e tudo que se é. Lembrar dos tempos de criança onde o céu era repleto de discos voadores - azul e brilhante, sim. Andar pelas ruas de hoje e simplesmente estar em paz, como numa oração perdida há muitos anos, do tipo que consegue consertar tudo e fazer milagres - eu sou este homem da esquina. Se contar tudo que esteja por aqui, talvez você desligue o computador e se perca no caminho de volta de seus próprios sonhos.
Civilizações esquecidas vêem à tona agora em mim, revelando o fim dos tempos e tudo que já se disse sobre isso. Subpersonalidades de um jovem profeta que não viu apenas um só futuro, dito escrito. Voltando a mim podia dizer que existem milhões de futuros quânticos à nossa espera. Agora, exatamente agora posso mudar tudo num piscar de olhos, com a mão do meu espírito, o pensamento. Eu queria te fazer entender, mas seu novo telefone está na caixa.
Queria publicar no jornal, mas a edição de amanhã ficou pronta.

Volto pra casa e sento aqui.
Bastaria uma forte oração, sem palavras prontas, dita na emoção e na visualização, repetida como um mantra poderoso, dia a dia... E eu vi, haviam muitas saídas. Esqueceram de contar.

Desculpas - Música e Letra

Voz e Violão: Jordan Campos
Letra e Música: Jordan Campos



Se esse violão contasse tudo o que ouve em silêncio
Você se assustaria e me pediria para negar
Mas a verdade ainda é um peixe solitário num imenso aquário embaçado

Hoje eu não sei por onde começar
Tentar explicar o que eu nem sei se está em mim.
Ando nesta estrada todos os dias sem direção
Mas hoje minhas calças rasgadas não vão me conseguir carona.
Onde estão os sinais?
Onde está você?
Será que você não vê?
Que eu estive sempre aqui, com as minhas desculpas!

Ontem eu queria dizer logo de uma vez
Tentar explicar o que me deixa assim
Mas ontem faz tanto tempo que perdi a coragem
E hoje eu acho que sonhei com você.
Mas onde estão as palavras?
Onde está você?
Será que você não entende?
Sozinho eu fico assim, com as minhas desculpas!

Vai ver eu tô entrando numa fria de cabeça...
Vai ver eu acabe meus dias velho, feio e só...
De tanto procurar e fingir não achar.
Vai ver eu vou me acostumar e sentar...
Vai ver eu acabo encontrando você de novo e de novo...
De tanto negar que você sempre esteve aqui, em mim.

sábado, 5 de setembro de 2009

III Workshop em PNL

Fiquei muito feliz em poder realizar mais um Workshop neste sábado.
Cada vez que fazemos um work o público me surpreende positivamente.
Foi o mais heterogêneo em termos de profissões e de cidades natal.
O feriadão trouxe gente de outras cidades e estados.
Um dia excelente e de muito conhecimento.
Nossa PNL mostrou transpor a excessiva abordagem apenas voltada para auto-ajuda superficial e mercadológica. Apresentamos uma PNL espiritualizada e de auto-crescimento, com noções de terapia regressiva e psicoenergia.
Obrigado a todos os presentes e vamos aos próximos módulos.



















quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Efeito Rubens Barrichello – Pare e reflita!

por Jordan Campos

Acho interessante o modo como agimos em relação ao piloto Rubens Barrichello, o Rubinho, ou ‘Pé de Chinelo’... Ou qualquer outro apelido medonho que possamos o chamar.
Realmente ele não é um Senna, isso é fato. Ele é o típico trabalhador, operário de sua causa. Incansável na sua busca pela felicidade e pelo tão sonhado título – é o piloto mais velho na Fórmula 1, hoje. É um padrão meio azarado, que quando tudo está ao seu alcance ‘forças ocultas’ o desviam. Ou pior, quando tem em mãos o cargo desejado, um colega de trabalho (o Shumacher) é o queridinho da escuderia e ele fica em segundo plano. Realmente meus amigos, ele não é o Senna. Que ganhou muito, emocionou nossos domingos com vitórias e tragédia. Que tinha uma facilidade maravilhosa de ganhar e ganhar.

Sabe por que o Rubinho recebe tantas críticas? É humilhado pela imprensa e está no nosso consciente coletivo como o ‘perdedor’? Simplesmente porque ele é a nossa cara. A cara do brasileiro. Que rala, rala... Mas tem um chefão que manda no final, ou um colega privilegiado que te tira do sério. Que não pode desistir, que sonha em uma dia mudar a vida e conquistar o sonho interno, que luta além das forças. Que quando consegue uma rara vitória, samba e fica bobão. O Rubinho é um belo espelho do brasileiro. E por isso a repulsa, porque costumamos nos incomodar com aquilo que nos lembra a nós mesmos. Reagimos com desprezo, pois é difícil conviver com nossa própria imagem refletida. Nossos erros, limitações, lutas... Costumamos criticar no outro nossos próprios defeitos e limitações. Culpamos o próximo para fazer ecoar em nossa alma. Criticamos para subliminarmente tentarmos criticar a nós mesmos. Detestamos os iguais, pois eles nos mostram como somos.

O Senna é o sonho, o ‘impossível’... E adoramos nos enganar e ter heróis que sustentem a nossa apatia, ou que sirva de consolo para nosso lado Rubinho. Queremos ganhar sempre, ser brilhantes ao extremo, mas ganhar às vezes, como o Rubinho faz não vale. O efeito final disto tudo é o crescente distúrbio da inadequação, da ansiedade, do pânico e da depressão. Rejeitamos a nossa própria estrutura e criamos uma sobrestrutura recheada de ego, egoísta, para fingir que somos o que não somos.

Uma cebola com cascas de Senna, mas com miolo de Rubens Barrichello.