Por Jordan Campos, com citação de Renato Russo.
Agora que tanta chuva passou
Sinto cheiro de mudança no ar.
O que será mais uma vez?
Não tem olho-mágico na porta e estou com um medo gostoso de abrir.
E sinto que você também...
E se de repente não for bem isso que eu estava esperando?
Bem, estou tentando, e com muito Amor no peito...
Depois de descobrir que o micróbio não é nada
Mas o terreno é tudo... E reformar aquele velho quintal,
E matar o tal micróbio de fome... (não tive pena, e quase me empenei)
Quero abrir e tocar, e sem promessas malucas, apenas dizer:
- Eu sou exatamente o conjunto de minhas experiências no esforço constante em ser melhor.
- Sem perfeição mitológica ou capa de super-herói – Ser Humano, simples e tudo.
Você pode me ajudar?
Eu posso segurar sua mão quando você for vacilar, Ok? E você?
Sei que não faz muito meu tipo ter esta cautela toda.
Mas coisas andaram mudando aqui dentro.
E me deslumbro tão fácil como as palavras que falo sempre às vésperas da paciência do tempo.
É que embora viva nele, desacredito dele.
Mas só assim irei saber, isso eu sei...
“Mas é fácil teorizar” – você vai dizer isso e eu concordarei. Só temos as mesma palavras para dizer as coisas.
Olha a atitude, a atitude!!! Ela sempre falará mais alto.
A vida é este conjunto complexo de retalhos nossos mesmo. De choros e risos.
Prática de substituir reticências por pontos finais é sempre meio complicado.
Mas se houver Amor, se faz tudo. E como há em mim!!!
“É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.”
Na incerta certeza que consome minha razão, por ter uma rara verdade aqui.
No café amargo que tomei para acordar.
No absinto para queimar este medo tolo de vez.
Na dita “loucura” insistente em acertar, que sem ela, sou pouco de mim.
Vou abrir a porta.
Abri...
(...)
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