segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sobre amar, arriscar e nossos pais.

Por Jordan Campos



Preciso falar algo importante.
Algo não muito bonitinho como se espera em mensagens típicas do tema,
Mas algo profundamente sincero.
Talvez uma receita com nível “moderado” de se fazer, mas urgente em se preparar.
Estou aqui para dizer que Amar não é fácil como andam falando por aí.
Nossa, tem tanta gente “amando errado” ou confundindo este nobre sentimento!
Se amar fosse fácil não haveria tanta fome e injustiça, nem tanto egoísmo e revolta.
Não haveria tantos filhos com “casa”, mas abandonados de alma, sem Lar.
Meu consultório andaria mais vazio...



Não, amar não é fácil: é uma construção no gerúndio.
E o mais importante é que não se pode querer ousar amar se ainda existir medo em você.
Não se ama por que pode ser mais fácil ou está na moda: se ama porque é preciso!
Pois não há sentido se não houver amor.
Lá no final de sua vida você pode entender isso.
Ou agora.

Sim, então você vai desistir?
Não, jamais desista sem tentar, sem se jogar mesmo de cabeça.
Esqueça os tempos convencionais ditados pelos pais de seus pais...
Eles não tiveram escolhas e talvez nunca amaram de verdade.
E sem querer, e jamais por maldade, carregamos esta herança de troca do cômodo pelo possível amor de livre escolha.
Você nunca terá a resposta se não arriscar - colocar tudo de ponta cabeça.
Este “trem” passa rápido, e nem todo mundo vai te entender quando resolver fazer isso.
Desligue o telefone do “todo mundo” e troque o “quero ser” pelo que você realmente é.
E vire então, o seu mundo de cabeça para cima.

Levante, corra atrás, antes que o amanhã chegue e seu corpo possa não estar mais lá.
Arrisque ser alguém além do que esperam de você.
Ou do que projetaram para você.
Sinta os sons, os cheiros e sabores.
Arrisque agradecer e não pedir mais nada, até provar tudo e de todos os lados.
Às vezes o velho pode bater na sua porta, “lobos maus” precisando de alimento...
Lembre de tudo que você já passou, de tudo que te doeu, de quantas vezes se sentiu vítima, e que não existem vítimas, apenas contextos.

Arrisque saber ganhar!
E ler um jornal de boas notícias.
Ele pode estar agora em baixo de sua porta...
E você com suas culpas, medos e amarras.
Assistindo ao noticiário violento das oito.
Ou ao drama platônico da novela das dez que deveria ser às oito.
Trace uma meta e chegue nela. Se meta na meta.
Feche os olhos viciados do rosto e abra os olhos do coração.
“A verdade te libertará”! Um Ser de luz muito sábio disse isso...
Não procure substitutos para pseudo-amores fracassados, nem por tempo perdido.
Cada pessoa é única, esqueça os rótulos.

Perdoe seus pais por talvez não terem dado tão certo como você vai dar agora.
Como uma criança eterna que será para eles... (entenda isso).
Estejam ou não vivos, “sente” com eles e peça autorização para simplesmente ir.
Sim, literalmente faça isso e sinta a leveza depois.
Quando os pais seguram seus filhos todos adoecem...
Quando eles deixam os filhos irem, eles sempre voltarão.


Vai, vai lá.
Eu acredito em você!
Boa semana!!!

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