Sua
FAMÍLIA está em risco e precisamos falar sobre isto.
Desvendando a Ideologia de Gênero – Um
texto fundamental e urgente!
Por Jordan Campos
Escrevo estas próximas linhas
atendendo a muitos pedidos sobre o polêmico e atual tema. Não escreverei um
texto imparcial, visto que me posiciono sempre, e este é um dos meus papeis
sociais. Vamos lá - Ideologia de Gênero é uma crença-não-científica de que os seres humanos
nascem sem gênero definido (masculino ou feminino), e que os mesmos são moldados
pelos padrões da sociedade, história e cultura. Acreditam seus defensores
que os seres humanos nascem iguais e “neutros”, e que apenas depois de passarem
por experiências livres, podem decidir e se definir como homens ou mulheres. Buscam
argumentos nos escritos de Gramsci, Butler, Marx, Beauvoir - militantes
assumidos do ideário de gênero. A palavra gênero segundo os mesmos é
interpretada apenas como sinônimo do sexo atribuído pelos órgãos genitais –
pênis e vagina – entendem então que ter o órgão sexual masculino, por exemplo,
não faz com que a pessoa possa ser identificada obrigatoriamente como homem, e
que podemos ter vários gêneros. O correto diante desta crença, seria deixar com
que cada qual, em seu tempo decidisse se é homem ou mulher, masculino ou
feminino, independentemente de seu gênero biológico. Esta é a linha teórica
básica.
Segundo a
ciência, a sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva:
“XY” e “XX” são marcadores genéticos saudáveis – e não marcadores genéticos de
uma desordem. A norma da concepção humana é ser masculino ou feminino. A sexualidade humana é planejadamente
binária com o propósito óbvio da reprodução e da prosperidade da nossa espécie.
Esse princípio é autoevidente e lógico. As desordens extremamente raras no
desenvolvimento sexual, que incluem, entre outras, a feminização testicular e a
hiperplasia adrenal congênita, são todas desvios identificáveis da norma binária
sexual, e são reconhecidas como “desordens da formação humana”. Indivíduos que
as portam não constituem um “terceiro sexo”, segundo a ciência. A crença de uma
pessoa de ser algo que ela não é, na melhor das hipóteses, é um sinal de
pensamento confuso. O American
College of Pediatricians diz que “Quando um menino biologicamente
saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável
acredita que é um menino, existe um problema psicológico objetivo, que está na
mente, não no corpo, e deve ser tratado dessa forma”. Essas crianças sofrem
de DISFORIA DE GÊNERO, formalmente conhecida como transtorno de identidade de
gênero, uma desordem mental reconhecida na edição mais recente do Manual
Diagnóstico e Estatístico da American Psychiatric Association.
Na minha visão ninguém nasce com um gênero, mas todos nascem com um sexo biológico que
gera consequências químicas e comportamentais que independem do contato
social. A autoconsciência, que seria um senso de si mesmo amadurece com o tempo
em todo processo de desenvolvimento, e pode sim ser prejudicada por percepções
subjetivas da criança, traumas, relacionamentos e experiências adversas desde a
realidade intrauterina até o fim da adolescência. Mas independente disso, permanecemos
biologicamente sendo homens e mulheres, e com as consequências hormonais, físicas
e neuronais de cada tipo.
Estudos científicos em neurociência
apontam claramente há décadas que existem claríssimas diferenças anatômicas e funcionais
entre o cérebro de um homem e de uma mulher (todas as fontes de científicas
mencionados neste texto se encontram ao final deste).
Os estudos mostram com imagens de ressonância
magnética funcional estas diferenças nos cérebros e suas peculiaridades e
diferenças cognitivas na vida prática. Exemplo de estruturas diferentes: junção
temporo-pariental, sulco temporal superior direito, córtex somatosensorial,
regiões do hipotálamo e amígdala cerebral. Todas estas estruturas são
responsáveis por gerenciamento de crenças, significados, humor, desejos,
reatividade, etc. E são diferentes entre
homens e mulheres e alteram as suas diferentes habilidades, preferências e
comportamentos. Isso demonstra que a biologia tem uma força significativa na
construção e forma de expressão do gênero. Estudos com Primatas mostram que
machos escolhem brinquedos tipicamente masculinos e fêmeas escolhem brinquedos
tidos como femininos. São Primatas – não há cultura neste caso, portanto esta
espontaneidade não depende de fatores culturais, religiosos ou sociais.
Uma grande falta de informação ou de boa-fé
é a confusão entre identidade de gênero
e orientação sexual. Coisas que são diferentes, mas usadas de forma
associada tendo em vista promover a ideologia de gênero no mesmo patamar de
outras causas com respaldo científico, moral e social. Tirando a palavra “ideologia”,
que define um movimento organizado, vamos alterar por “identidade” que é algo
mais concreto para entendimento. IDENTIDADE
DE GÊNERO significa que um ser do sexo masculino biológico pode ter uma
essência feminina e vice-versa. A preferência sexual escolhida é outra
coisa bem diferente e diversa, como o bissexualismo, pansexualismo,
assexualismo e muitas outras. Identidade de gênero tem a ver com transexuais,
por exemplo, que são pessoas que na angustia de se sentirem não pertencentes ao
gênero biológico passam por intervenções químicas, cirúrgicas e medicamentosas
para conseguir adaptar os seus corpos às suas “almas”. Identidade de gênero é
algo sério e real, que merece atenção, cuidado, isenção de pré-conceitos e muito
respeito.
O
problema começa quando se cria um movimento chamado – “ideologia de gênero”, e a expressão é antecedida pela palavra “promoção”.
Promover significa viabilizar, usar de recursos de convencimento para elevar a
categoria superior uma ideia, produto ou crença. Uma coisa é sabermos que
existem conflitos de identidade de gênero que acontecem com crianças e
adolescentes – Outra coisa é publicitar uma ideologia nas escolas, para
crianças que não passam por nenhuma inadequação de gênero e gerar um grande
problema onde antes não existia – Não
temos uma equipe de saúde mental e comportamental para atender ao caos que
gerar confusão em quem não tem causaria. Crianças e adolescentes adoram uma
moda, adoram a desobediência. As escolas já estão correndo atrás do prejuízo
com problemas de falta de estrutura e educação familiar, divergências
religiosas, diagnósticos verdadeiros e falsos de TDAH, transtorno opositor, dislexia...
agora vão precisar se pre-ocupar com o efeito colateral de gerar esta
possibilidade e dúvida na cabeça de suas crianças por conta de uma
ideologia-não-científica que se utiliza de uma questão séria que é a identidade
de gênero, para se promover como forma de luta e revolta contra instituições
ditas burguesas, nos quais seus pensadores de base lutavam contra.
O Plano Nacional de Educação de 2014,
onde o MEC incluiu temas como identidade de gênero propõe esta promoção, sob pretexto fraco de “informação”. Não temos
professores preparados para isto. Não temos uma equipe de saúde mental e
comportamental para atender ao caos que gerar confusão em quem não tem causaria
- REPITO. Seria como, por saber que 3%
da população mundial tem ou terá esquizofrenia, criar um movimento para
informar às crianças sobre alucinação, delírios, ouvir vozes, ver monstros e
coisas estranhas - e dizer que isso pode acontecer com elas e seus coleguinhas
a título de informação. O que acontece? Várias crianças vão passar a dizer que
escutam vozes, que veem espíritos e muitas vão começar a delirar e se sentir observadas
e perseguidas. Crianças associam tudo como sendo pertencente a elas, e nesta
fase de imaginação plena somatizam em comportamentos tudo o que as cerca. Acredito que quem estimula a ideologia de
gênero deveria estudar mais sobre forma de aprendizado de crianças, sistema
cognitivo, etc. – Maldade ou
desinformação?
Vamos a exemplos práticos. Na Suécia
por exemplo, país de primeiro mundo onde a ideologia de gênero avançou muito e
atingiu as escolas, tivemos um aumento
de 40% nas taxas de suicídio e um declínio na qualidade social e psicológica de
sua população. É sabido também que a chance de uma pessoa que trocou de
sexo venha cometer suicídio é 20 X maior
do que a população em geral. Isto são dados estatísticos disponíveis de
fontes científicas, e não, crenças-ideológicas.
O manual de
sexualidade e psicologia da Associação Americana informa que 75% a 95% das crianças e adolescentes que
expressam algum tipo de confusão sobre a sua identidade sexual a superam
naturalmente. E isso é de extrema verdade visível no dia a dia – é comum
pensamentos bissexuais, assexuais, homossexuais e heterossexuais – logo após a
puberdade existe uma associação a uma opção, e que deve ser respeitada e jamais
vista como uma anormalidade, salvo se causar sofrimento, o que necessitaria de
apoio psicológico, familiar e humano. Mas
afirmar que discutir identidade de gênero tem cujo objetivo feminizar meninos,
transformar as meninas em lésbicas e destruir a família, é tão irresponsável
como a sua promoção. Discriminação sexual é algo abominável, criminoso, assim
como promover esta ideologia parece ser.
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
Art. 17. temos: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.” ---- logo, atentar contra a formação
de identidade de uma criança com uma ideologia que não tem respaldo científico
é atentar contra a Humanidade. É pôr em risco a saúde mental das pessoas.
Acabar com o
preconceito contra os ainda vistos diferentes, construir relações de gênero
mais justas e ressignificar as práticas sociais por meio da construção de uma
cultura de paz é um dever de todos nós. Porém, a natureza impositiva dessa
ideologia e seus outros interesses conhecidos, mas não declarados, acabam atentando
contra a primazia da educação das crianças. Acredito que se deva trabalhar os
problemas de identidade de gênero na medida que eles surjam. Informando sem imposição
aos pais sobre tudo isto, treinando professores em relação a este fato – mas jamais
com este movimento, no momento crucial de desenvolvimento de nossos filhos.
No “Guia Escolar” — documento elaborado e
publicado pelo MEC que se propõe a ajudar no combate à violência sexual contra
crianças, numa rede de proteção à infância, podemos ver trechos que dão margem
a intepretações perigosas ao defender “priorização de direito ao prazer” em
crianças (Pag. 51); ou “garantia de sigilo e privacidade aos estudantes ao
falarem e descobrirem sobre sexo” (Pag. 54); ou quando mostram que alguns
grupos de pedófilos defendem a ideia de que “este tipo de relacionamento (pedofilia)
é uma opção sexual e um direito.” (pag. 74); e ao falar da proibição ao incesto
dizendo que “Esse tipo de interdição
transformou a prática do incesto em tabu, tornando o tema controverso e impondo
obstáculos a uma abordagem isenta de julgamentos morais. “ (Pag. 73).
Embora tenhamos um cenário complexo
nas relações familiares, pertence a ela com total prioridade a educação de seus
filhos. Família educa, escola instrui.
Mesmo que existam falhas enormes na educação. O plano óbvio é que no ambiente
da escola, com militantes politizados e professores “obrigados” a promoverem a
ideologia, estas ideias sejam absorvidas com vigor e promovam uma revolução
perigosa, mas exatamente como desejavam os pensadores-não-cientista que servem
como base ideológica para este discurso. Não
há nenhuma base científica que sustente a crença dos ideólogos de gênero, a não
ser seus pensadores de base - filósofos da sociedade. Não devemos, pois,
estimular que a mesma seja inclusa para crianças apenas por ser uma filosofia
com calda de sorvete bonita, mas sorvete interno sem forma concreta.
Problemas
com identidade de gênero são problemas.
Levam ao sofrimento, confusão, baixa-estima, ideação suicida e intensa angústia
e devem ser tratados com amparo, apoio familiar, estratégia e amor. Discordo
completamente da visão limitada de se entender que o Ser Humano nasce como
folha em branco e que todos os traços de sua personalidade virão do contato
externo. Temos uma outra ciência, a epigenética que nos auxilia a entender que
trazemos cargas de antepassados que são lidas e modificam a leitura de nosso
DNA. O próprio Projeto Genoma mapeou 40 mil genes na tentativa de montar um
mapa do Ser, e chegou à própria conclusão que existe um fator subjetivo, que eles
não conseguiram mensurar, que ‘liga tudo” e não está no gene. Algo como uma personalidade congênita que já traz
informações, gostos, tendências e conflitos. Reduzir o Ser, a um papel em
branco como buscam os defensores da ideologia de gênero é ir na contramão de
todos os avanços em compreender a complexidade da formação da personalidade
humana. Nossas escolas não são
laboratórios e nossas crianças não são cobaias. Nossa educação não pode ser
um experimento que é justamente o que falta à ideologia de gênero.
Este texto busca falar de ciência e lógica,
e não de crenças sociais. Este texto reúne argumentos sólidos, e abre outras
questões a se discutir sobre identidade de gênero. Este texto foi escrito por
mim – psicoterapeuta também de crianças e adolescentes, pai de quatro filhos e
um professor dedicado.
Faça
a sua parte. Se este texto-artigo fez sentido repasse para pais, amigos,
professores, diretores de escolas, políticos....
Tendo em vista o entendimento pontual de todo este debate que ainda vai render
muito e gerar ampliação de consciência para o discurso.
Obrigado;
Jordan
Campos
Psicoterapeuta Transpessoal Sistêmico
Fontes: HAUSMANN, 2017; RITCHIE et al, 2017 et al;
LARA & ROMÃO, 2013; DELACOSTE et al 2015. Fontes: GUR & GUR, 2017;
MCENEW & MILNER, 2017; SACHER et al 2017; POEPPL et al 2016; LOMBARDO et
al, 2012; LOMBARDO et al 2012; SWAAB, 2011 e LEVAY, 1991; Estatuto da Criança e
do Adolescente; Guia Escolar – MEC; Associação Americana de Psicologia; American
College of Pediatricians; American Psychiatric Association.
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