quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DELLA

Por Jordan Campos


Toda a PAZ vem escondida numa guerra.
Uma guerra contra os seus mais profundos medos e pesadelos
Ela chega apenas depois de que você consiga fazer a tal prova final
Se quiseres paz então se prepara para a guerra.
Aquele velho sábio chinês disse que o objetivo de toda a guerra é a paz.
Mas não se precisa mais de sangue, mentiras e figuras estranhas habitando tua mente.
Olhe no espelho, faça um gesto melancólico... Ali está o exército a ser vencido.

Ponha o MEDO numa caixa de brinquedos antiga
E deixe-os lá junto com todas as canções infantis que te ensinaram e moldaram isso...
Deixe o cravo que brigou com a rosa, do anel que tu me destes,
Do amor que tu me tinhas era pouco e se acabou...
Pois não mataram o tal do gato com um susto dado pelo boi da cara preta.
Que a Cuca nunca veio pegar, pois a canoa virou por que você não soube remar.
E você cresce com uma culpa que não te pertence, e de repente
Quando a primeira casa dos três porquinhos cai o lobo do medo te pega

Não, não tenha CULPA...
Se você pudesse voltar faria exatamente igual
O que você sente se chama amadurecer, jamais culpa.
Pontes para o passado levam a um nevoeiro sem volta
Sinta a luz entrar de manhã, nesta noite com sol.
Estamos no pretérito de um futuro escrito nas mãos de uma criança que nasce agora
Num hospital gelado do Alaska... Aos trinta e nove graus.
Apenas fique aqui e abrace: que bom que você cresceu.
Você não pode prometer um amanhã,
Mas não pode comprar a passagem deste trem com o pacote do passado.
Ele apenas te trouxe aqui.

Você não está bêbada, você é o puro vinho do PRAZER
Sinta-o percorrer cada poro ao abrir-te a mais de cento e oitenta graus
E deixar que faça o papel de gênero e tudo de novo, calma e freneticamente.
Há uma santa pecadora ADMIRAÇÃO em tudo isso.
E ninguém precisa recitar os dez mandamentos ou as cinco dicas da revista Nova do mês.
Você já sabe muito bem a diferença entre o certo e o errado.
E você sempre estará no meio, pois no fim tudo é UNO.

Agora... Que acordou.
Eu faria qualquer coisa para te fazer sorrir.
Compraria um circo, me vestiria de palhaço ou contaria uma piada boba
Compraria todos os bilhetes de véspera e faria uma peça só para você sorrir.
E nunca, nunca tire este sorriso do rosto, menina.
Amém.

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