Poesia sem poema de última hora.
Canal aberto com opção de canal fechado.
Daqui do alto, um listrado.
De lá de baixo, índios de tribos estranhas de corpo todo pintado olham pra cima.
O príncipe das trevas não me assusta, não acredito na maldade eterna e potente faz tempos.
Hoje mais pareço com um cupido de elite, no último andar daquele prédio.
Com uma arma moderna, bem mais potente.
Sei bem dar o tiro em qualquer Ser para outro Ser.
Gritando ao Amor que dê a esta gente um pouco de sua essência.
Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Abrirei uma champagne n’alma à La Martha Medeiros:
“Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
Quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar,
Faço brincadeiras de mau gosto e sofro
Antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar,
Pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde, mas atento,
Meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência,
Ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado,
Mas sumi para estar para sempre do seu lado,
A saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.”
Citarei daqui de cima Aristóteles e Platão, aplaudirei ferros retorcidos em galerias de arte,
Lerei poesia concreta, comprarei telas abstratas, ficarei fascinado com um arranjo techno para uma música clássica e assistirei sem legenda o mais recente filme romeno: farei de conta que entenderei, rsrsrs....
O cupido, Morpheus chama...
Então que fique o recado: Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente apenas.
Sem nossa concordância interna que é a que vale e que fica por milênios,
Precisamos entender que “ex amor” nunca existirá.
Se não for nessa, será num amanhã infinito e mais trabalhoso.
Ok, ok... desabafo de Cupido de Elite.
Ama logo... P$#@$¨&&&
Facilita meu trabalho aí, gente!!!
(...)
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