Por Jordan Campos (obrigado a Islan pela inspiração).
Eu estava aqui, antes de ir para esta praia maravilhosa, fugindo do carnaval, refletindo sobre a culpa que a mulher carrega e como foi orientada para isso. As palavras que seguem são soltas e ditas em pensamentos altos, ok?
A mulher disse: - “A serpente me enganou e eu comi.”
Espera... Perdi o raciocínio, não tô entendendo, ou dá pra repetir?
- Por que isso aconteceu, meu Deus? Por que um ser perfeito, a mulher, fez isso? Muita calma nessa hora, tenham paciência comigo, pois Adão também sucumbiu.
Ou seja: Deus na “historinha” errou tudo? Seria isso a imagem e semelhança dele?
Assim vou ficar confuso... (tomar um gole deste capuccino estranhamente cremoso)
Ai meu Deus! Ou melhor... Ai meu Deus do Deus que eu pensava ter! (tô errado ???)
Calma uma coisa de cada vez: - “Adão cadê você???” Se defenda, meu filho!!!
Yuktsewar explica: "A serpente representa a energia enrolada na base da espinha, que estimula os nervos sexuais. Adão é razão, Eva é o sentimento. Quando o impulso sexual suplanta a emoção ou Consciência-de-Eva em qualquer ser humano, sua razão ou Adão também sucumbe." Putz... Não sei quem é esse cara, achei no Google! rsrsr
Vou por mim então decifrar isso que o tal Yuktsewar disse: Quando a parte lógica, lado esquerdo do cérebro, é convencida, isso nos leva ao que chamamos Cons[ciência], conhecimento. Consciência-de-Adão... Consciência-de-Eva... Porém, quando isso não acontece, fica no inconsciente, ou seja, tá aqui dentro ainda, mas acho que você que está lendo já está confuso, não é?... rsrs
Convencer o lado esquerdo do cérebro, em certos casos, é um processo importante.
Pois como diria um amigo, "Pais que largam Filho na Igreja, não vão buscar o Filho na Cadeia." Depois ainda perguntam: "Por que isso aconteceu? Não sei explicar... “Ô Deus, por quê, por quê???"
Aí me veio a lembrança que Eva não seria a primeira mulher, e que existiu uma tal de Lilith antes... hahaha... Peguei de surpresa? Quem sabia disso levanta a mão agora! Vamos aos fatos históricos e a história vai ficar mais macabra...
Lilith é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido.
Na bíblia da casa de vocês, Lilith ocorre uma única vez, em Isaías 34:14: “E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si.” Obs: Nas traduções recentes da Bíblia a palavra Lilite é substituída por demônio ou bruxa do deserto.
No folclore hebreu (e todo o folclore tem fundo de verdade) Lilith é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio. (ela deveria ter ido assistir à temporada de minha palestra “Não Discuta a Relação e Seja Feliz” – Aliás dia 21 de Março tem mais – Olha o merchandising no meio da coisa aqui...)
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal. Assim dizia Lilith:
‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.Quando reclamou de sua condição a Deus, Ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden. Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael (quem assistiu ao filme “O Ritual” com o Anthony Hopkins lembra deste Samael) que tentou Eva, ao passo que Lilith tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.” (Minha nossa, que babado)
“Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. (Daí vem dizer que mulher é de Lua). Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com a vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.” (estou chocado)
Aí a Lilith caiu no gosto comum, com a liberatção do feminino que claro deve lutar contra esta coisa de fazer a mulher como demônio, pois se for assim, como diz Ana Carolina, no “eu gosto é de mulher” eu devo ser um herege dos piores!
Enfim: Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona.
Por isso ame o que considera imposível também, porque este nunca vai poder decepcionar suas "crenças". E por falar nestas, neste dias está mais fácil desintegrar um átomo do que uma crença ou pseudo-sabiência. Cuidado com o lamento da crença. Ele é um vício. "A melancolia é a felicidade de se ser triste".
Exorcize então agora seus achismos pequenos enquanto calça o sapatos e vá fazer o favor de ser feliz enquanto seu coração ainda bate. Tenha coragem de dizer que chega!!!
Ou assuma que não é merecedor de estar matriculado no planeta Terra e peça perdão a Deus – não o das historinhas, mas ao Deus Maior, justo, e ainda incompreensível totalmente para sua estrutura encefálica.
(...)
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