Muitas pessoas questionam Deus e a continuidade da vida após a morte. É um conflito básico de religação, e realmente algo não simples de dialogar com “provas concretas”, pois temos que ter a capacidade de subjetivar para entender isso tudo. Recebi um email de minha querida tia Ivana Campos, o qual adaptei didaticamente e sutilmente abaixo. Sinta o diálogo e reflita:
No ventre de uma mulher grávida, dentro da placenta, em um mundo “estranho”, limitado, úmido e escuro, estavam dois bebês à nascer. Embora gêmeos e irmãos de mesmo momento fértil, um era extremamente cético e outro tocado de uma “estranha fé”.
O Cético então, pergunta ao outro:
- Vem cá: você acredita mesmo “vida após o nascimento”?
- Sim ,claro. Tem de haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde. Eu sinto isso.
- Bobagem rapaz: não há vida após o nascimento, isso é credo de tolos. Se apegar a que não vê. Como seria então esta vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haveria muita mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés ao invés de flutuar na água e comeremos com a nossa boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu te digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída. Pare com isso – se apegue ao que vê , rapaz! O cordão umbilical, por exemplo, é muito curto, o que torna essas possibilidades totalmente impossíveis. Andar com isso grudado?
- Calma, calma... Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui. Talvez não precisemos mais estar tão ligados a este cordão umbilical.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento pra nos contar. Você conhece alguém que voltou? O parto apenas encerra a vida e ponto final. É a lei: nascer e morrer no nascimento. E só.
- Bem, eu não sei exatamente como será se existir a “vida depois do nascimento”, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você ainda acredita em mamãe???? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria. Acredito ser complexo com as informações que tenho aqui e com nossa limitação entender o que seria a “Mamãe” e toda a extensão de amor deste Ser.
- Que balela! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma. Somos fruto de um acaso... Uma evolução de explosão qualquer. Ponto!
- Bem, mas às vezes quando estou em silêncio, eu juro que posso senti-la, esta energia que nos envolve... Como se ela afaga-se e envolvesse nosso mundo. Eu penso que só então, a vida real nos espera após o nosso nascimento - e agora apenas estamos nos preparando, evoluindo e amadurecendo para ela. Para a vida real fora desta limitação. Eu acredito na existência da “mamãe” e na “vida após o nascimento”. Eu sinto isso, mas não sei traduzir.
- Aguardemos, então.
( ... )
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