Intuição
(Por Jordan Campos)
... Uma doce intuição verde e com gosto de fruta madura...
Pronta para ser devorada calmamente, na sombra ensolarada da copa
Você pode até achar engraçadas estas minhas certezas...
Mas na intuição e sempre nela, me lanço, como que lambuzado por salivas ectoplasmáticas
De anjos que gritam onde, quando e por quê!
E uma imagem assim, se fez, sem se pedir, sem se planejar.
Na imaginação uma pequena parte de um todo a se decifrar.
As imagens são fortes, densas, mas o vento que as trouxe são os mais leves possíveis.
Anúncio de um novo tempo? Preces atendidas? Coisas d’alma.
Tudo flui diferente nas artérias quando de posse desta imaginação.
E o diferente é vizinho, e mora ao lado.
Um gosto de carambola em cima da árvore do sítio de meu avô...
Uma inspiração com este gosto e cheiro de coisa boa, toda!
Uma saudade do que não se teve. Teve?
Terra do Nunca ou do Sempre?
Almas extraterrenas num plano mirabolante no chamado: Planeta Terra!
Assim somos nós, eu sei... Não sinto esta inspiração à toa!
Há uma ansiedade em colocar os dedos dos pés numa areia salgada.
Que venha a abençoar a chegada e curar todos os antigos pecados.
Batismo regado a água de côco, como bom baiano-turista.
E quando a ansiedade chega, ela nos dá apenas duas opções:
Enfrenta ou foge! Não existe opção do meio.
Agora vejo uma porta...
A curiosidade me faz abaixar e olhar pelo buraco da fechadura
Para minha surpresa... Um outro olho do lado de lá a me encarar também!
A única forma de saber então o que há do outro lado da porta...
É adentrar mansamente pela íris que vejo...
Entrar n’outro para sair... Onde ou aonde?
Talvez a chegada não importe, e sim, agora...
Apenas o caminho.
(...)
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