Por Jordan Campos
Não, eu são sou poema. Não sou métrica, lógica nem previsível.
Sim, eu sou apenas poesia. Livre, doce ou dramática, na inquietude de cada respirar.
A minha poesia é sem poema, e só assim sei ser.
Existem tantos poemas sem poesia, e não, não consigo fazê-los.
Sou rascunho inacabado, numa prancheta desnivelada, e arisca.
Uma pessoa sem médios.
Graves ou agudos, apenas.
Sou a permissão velada, a proibição do nada.
Simplesmente uma paixão sem rota de fuga - "pisando tudo".
Um híbrido, índigo, E.T. ou qualquer outro genérico permitido.
Sou o aposto. O oposto ...
O Ás de Ouro ou o coringa escroto.
Sou a saída sutil do cheque-mate "sem saída".
Sou a entrada pela janela do banheiro às cinco da manhã.
O ácido láctico do músculo eufórico simplesmente apaixonado.
Sou poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário