terça-feira, 31 de março de 2009

Toda a loucura que me há!




Gosto dos venenos mais lentos!
Sentir o consumo quente de todo o meu suor
Pensar no instante em tudo que se fez ou nunca também
E lentamente me deixar levar ao limite do antídoto
O veneno me trará a imunidade ...
E eu arcarei sozinho com as responsabilidades e seqüelas
Sozinho.

Gosto das bebidas mais fortes!
O absinto que sinto queimar toda a minha tola razão
E poder dizer de cara limpa que não foi bem eu que estava ali.
Fuga mesquinha e covarde, mas o que fazer nessas horas?
A garganta acesa para falar o que há
Para tentar decifrar se foi um vício ou uma queda
Tentar.

Gosto das drogas mais poderosas!
Para aprender a lutar, academia da mente.
A química que corre por aqui me pertence
Mas eu não pertenço a ela, mas não faça isso em casa.
Doses e overdoses para parar esta louca ansiedade
E controlar o pânico no que não existe.
Existe?

Gosto dos cafés mais amargos!
Para acordar de vez dos pesadelos mais absurdos
Para olhar em volta e apenas soltar um suspiro esquisito
Para queimar minha língua de todos os julgamentos em vão.
Para restabelecer a ordem no barril de pólvora
E eu que nem tomo café
Tomava.

Tenho um apetite voraz
E os delírios mais loucos
Roubando frases feitas a sangue frio
E montando minhas próprias conclusões
Tenho o impulso dos que vão à lua sem construções

Faço para mim nem sempre o que há de melhor
Mas nunca faço o que não quero fazer não!
Você pode até me empurrar de um penhasco
Que sorrindo eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Foto Rabiscada


Era a foto do dito cujo, metido a poeta desmedido.
Poesia sim, poema não.
Ele dizia que era além, que era também um dos pontos da reticência.
E um conjunto de todas as interjeições...
Um pleonasmo eufêmico
Conjugado na neologia do futuro do pretérito.

Forte como um grande touro
De cristal.

Gigante como o oceano
Dá água entupida do seu chuveiro.

Uma contradição com final feliz.
Aquela peça difícil do quebra-cabeça
Um quebra cabeça do céu...
Todo azul com doze mil pedaços.


Ele é esta foto rabiscada
Ele é o Homem-Sol, que adora tempestade.

“Sei que às vezes uso palavras repetidas,
Mas quais são as palavras que nunca são ditas?”

Ele é o igual a você.
Na véspera da palavra entalada na sua garganta
Ele é a palavra.
Verbo.


Só.

Eu.

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terça-feira, 24 de março de 2009

Transtorno do Pânico - Diálogo entre Paciente e Terapeuta


Diálogo por e-mail que antecedeu à consulta. O nome do paciente e algumas circunstâncias foram modificadas para preservar a sua identidade.

Paciente: Olá, tudo bem? Espero que sim, pois por aqui anda muito mal. Já passei por mais de 30 médicos entre clínicos, neurologistas e psiquiatras e só o que faço é aumentar e mudar de remédio. Sofro de pânico há 10 anos e estou completamente impossibilitado de trabalhar e até quase sair de casa. Não sei mais o que posso fazer. Me ajude, por favor !!! Olhei o seu site e me senti motivado (coisa rara) e gostaria de saber como é o seu tratamento. Aguardo Contato.

Jordan Campos - Terapeuta: Olá Fátima, realmente tenho um trabalho muito focado em transtorno de pânico, principalmente por ter tido o mesmo há 08 anos atrás, antes de começar a clinicar. Sei o que a Sra. passa e já são 10 anos.... isso não pode ficar mais assim, concorda? Não existe justificativa mais, está na hora de mudar o jogo e entender e se curar de vez deste transtorno de interiorização.O tratamento que faço vai na origem das cargas emocionais que se encontram arraigadas no seu inconsciente e estimulam e re-estimulam a cada dia o seu processo consciente rotineiro... o medo, o pavor e a sensação de sempre estar a perder o controle vêem pelo desconhecido do que esta sua crise quer te dizer, e acredite, é algo bom, apenas desconhecido. Tenho obtido pleno êxito no tratamento, tente agendar uma entrevista comigo e se esforce para vim até aqui. Tenho muita esperança para te dar e se nos permitir, um caminho diferente que vai muito além do controle queestes medicamentos dão à Sra.

Paciente: Que bom que você respondeu. Olha, se o medo não fosse tão grande te garanto que iria o mais breve possível pois tenho muita vontade de ficar curada deste problema. Já fui em vários psiquiatras que me receitaram antidepressivos, mas, o medo é tanto que leio logo a bula e fico com medo de tomar o remédio, até porque conheço muitas pessoas que fazem uso destes medicamentos e nunca ficaram boas. Já fui também num psicólogo e num psicanalista porem parei o tratamento por medo de viajar alguns quilômetros de ônibus. Estou sempre com dores de estomago, não como quase nada. estou tomando para o estomago PANTOPRAZOL e para a ansiedade LORAX de 2mg, Rivotril de 1mg e Sertralina. Devido a falta de nutrientes no organismo sinto muita fraqueza e muitas vezes tonturas. Bom como você disse que já sofreu desse transtorno , pode fazer idéia de como me sinto. Espero em Deus criar coragem e ir ai. Obrigada por ter lido meu E-mail e desejo a você boa sorte.

Jordan Campos – Terapeuta: Prezada Fátima, estarei ansioso para poder te atender. Quero muito poder te ajudar a acabar de vez com isso. Podemos fazer isso juntos, acredite.
Infelizmente a ciência médica que já te cansou, não pode em um exame que for detectar o que eles rotularam de ‘síndrome de pânico’ e, nessa escura caminhada, não podem fazer mais nada do que tentar controlar. Mas é o puro fato de querer controlar algo que precisa sair que ela nunca vai embora... ela vem, acredite, para sair de uma maneira maravilhosa, mas o medo faz mantermos o controle e deixá-la ‘fermentar’ em nossa mente.
Reflita rápido: se a Sra. nunca tivesse escutado falar que se vomita quando se come algo e que não se faz bem, se nunca tivesse visto ninguém vomitar e nunca ninguém tivesse te explicado isso... vc comeria algo ruim e teria a sensação... estômago se contorcendo, dor, salivação... sensação de que algo vai sair de dentro... Eu aposto que nestas circunstâncias vc teria pânico e a nítida sensação de algo terrível a acontecer... que provavelmente seu estômago sairia pela boca e que vc morreria com isso. E tentaria a todo custo controlar os sintoma para não vomitar, concorda??? Pois então o que te fez mal continuaria dentro de você e isso seria muito pior.
Com o transtorno do pânico acontece quase o mesmo, só que a ‘comida ruim’ é mental... e por desconhecermos o ‘vômito mental’ desesperamos... entender, permitir e se livrar disso é o único caminho. Pois quanto mais tomamos medicamentos para que ‘isso’ não saia, isso literalmente não vai sair e vai nos controlar.

Esta é uma das bases de minha terapia.

Abraço

Jordan van der Zeijden Campos
Terapeuta de Regressão e Transpessoal - OTHB 381
Consultório: (71) 3247.6711 / Pessoal: (71) 9935.0700
Site: http://www.intercessio.com.br/