sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Coaching de Relacionamentos - Você já pensou em ter um Consultor Sentimental? - Jordan Campos - Salvador - BA

Você já pensou em ter um Consultor Sentimental? Isso já é uma realidade - Entenda como funciona o Coaching de Relacionamentos – Uma nova ferramenta para a imensa confusão afetiva dos dias atuais. (Por Jordan Campos)

No decorrer de meu processo como terapeuta, uma tendência começou a acontecer naturalmente há alguns anos. Mesmo com o foco em síndromes de ansiedade e depressivas, eu sempre notava que tudo isto estava de uma forma ou outra, ligada em algum momento, a um relacionamento. Seja uma relação que a própria pessoa viveu, ou até resquícios das relações de pais ou avós. As perguntas mais frequentes eram:
- “Por que parece tão difícil encontrar alguém “certo” para mim”?
- “Por que minhas relações parecem sempre estar associadas ao sofrimento”?
- “Por que busco tanto uma relação sadia e isso parece tão difícil, e no decorrer do tempo eu perco a motivação e traições acontecem”?
- “Por que está tão difícil de encontrar alguém que eu possa experimentar estabilidade, família e ter uma troca sexual intensa e que dure”?
- “Por que é tão difícil romper uma relação que já acabou”?

Posso começar dizendo que de tantas perguntas parecidas que se seguiam, comecei a esquematizar um sistema lógico para respondê-las de forma personalizada como em uma consultoria de coaching. E a grande verdade resumida que eu encontrei é que estas pessoas não se conheciam. Não sabiam que eram, afetivamente falando. Misturavam em si mesmas um conjunto de vários modelos afetivos e se atiravam ao mundo tal qual metralhadora bêbada. E isso obviamente atraia confusão. Por não saber quem eram e o que era viável que procurassem, acabavam beijando sapos e forçando que os mesmos virassem príncipes – não sabiam identificar pares afins – ninguém nunca as ensinou sobre isso. Com o Coaching de Relacionamentos eu posso fazer a pessoa entender quem ela é e o que procura dentro de seu perfil, desejos e possibilidades – e assim diminuir drasticamente a atração aos que não combinam com sua estrutura íntima. Posso também ajudar aos casais a enxergarem verdadeiramente a situação de suas relações e se podem ou não seguir juntos, tendo respeito, confiança, sexualidade e felicidade. Tudo como uma equação matemática de jogos de sinais. E a boa notícia – isto tem dado muito certo!

Coaching de Relacionamentos é um processo focado no entendimento de quem somos para um relacionamento, o que objetiva um autoconhecimento afetivo – descobrir sua identidade afetiva. Eu parto da pressuposição que temos uma autoimagem equivocada e mentirosa sobre nós mesmos – não está claro nas nossas mentes quais os nossos limites afetivos e quem realmente nós somos, e vamos assim, construindo subpersonalidades que nos afastam mais ainda de nossa essência. O Coach de Relacionamentos traça um plano possível e de impacto que ajuda a pessoa a expressar habilidades e competências reais, que são as que ela trouxe ao mundo, e que muitas vezes são suficientes para agradar a alguém (um grande problema é querer construir um perfil que agrade a todos – esta é a grande cilada). Entendendo como acabamos por construir esta imagem falsa de nós mesmos que pode ter variadas origens e raízes (revistas de dicas femininas, livros de autoajuda, crenças dos pais, medos, baixa estima, etc), podemos dissipar as máscaras que tanto atrapalham a nossa genuína expressão e bons relacionamentos.

Um exemplo simples: Imaginemos uma mulher que tem uma personalidade mais caseira, não curte beber, gosta de programas mais família e que é assumidamente a clássica romântica vai sair com as amigas no sábado de noite. Se ela tivesse acesso a um Coaching de Relacionamentos, faríamos com que ela nesta saída pudesse expressar realmente quem ela é, e definiríamos qual o melhor “partido” dentro de seus gostos, visão de mundo e vida seria o mais próximo do ideal-real. Mas o que acontece é que ela ao sair vai se produzir e se comportar de forma a não deixar claro quem ela é - e consequentemente ou não vai atrair ninguém, ou vai ser flertada por pessoas erradas. Ela coloca uma minissaia modeladora, capricha no batom vermelho e quando chega ao local mesmo sem gostar muito, fica com uma garrafa de Ice em mãos e dando goles. A mensagem que ela está passando é de fêmea sexual, que curte bebida e situações casuais. Depois vai reclamar dos homens com quem trocou telefone na noite: “Eles somem” – “Só querem sexo” – “Não tem homem sério”. (...) Se ela, sem mexer muito na cena anterior, apenas trocasse a garrafa de Ice por uma de refrigerante ou água de coco, estaria sendo ela mesma e enviando a mensagem certa ao meio, do que espera. Só isso já mudaria muita coisa – e ela estaria sendo ela, sem precisar tirar o batom vermelho que ela gosta, mas talvez colocando uma saia mais longa ou folgada. Talvez aquele “cara” que combinaria com ela não gostou do que viu e nem encostou, mal sabendo ele, que ela estava fantasiada do que não era. Estou falando aqui só de símbolos práticos, nem entrei aqui na questão do comportamento dela na fala, nos exageros numa conversa, no jogo de sedução, etc. A pessoa deve ser ela mesma!!! Esse é o ponto.

Hoje, o grande problema nos relacionamentos é exatamente o fato de que pouquíssimas pessoas sabem quem são quando estão à dois. Procuram máscaras, estratégias e adotam crenças que não interagem com quem são – assim, atraem pessoas erradas, aumentam a sensação de que algo está errado, turbinam sua carência e solidão e acabam por culpar os gêneros, seja masculino ou feminino, pelos seus insucessos afetivos. São traídas assim por elas mesmas, e perdem pessoas para seu maior inimigo – sua falsa identidade sentimental. Só conseguimos curar o que conhecemos, sendo assim, podemos alterar os antigos significados por novas ações e crenças – e ter uma alta taxa de sucesso nas escolhas, e por consequência nas relações. A grande parte das dificuldades nas relações está ligada às questões de insegurança, timidez, baixa autoestima, conflitos na identidade sexual e até à questões inconscientes de vínculos familiares e de relacionamentos passados. Estas experiências não assimiladas sabotam a felicidade, ou seja, impedem a conquista e a manutenção de relacionamentos saudáveis.

Evoluímos nos últimos tempos em relação à Inteligência Emocional, mas ainda estamos engatinhando na Inteligência Erótica, que é a inteligência que nos fará ter uma maior longevidade nos relacionamentos tendo feedback sentimental e  sexual neste próximo século. Estamos no primeiro momento da humanidade em que podemos expandir nossa sexualidade apenas pelo prazer – e isso mudou muito, mas as pessoas ainda estão acorrentadas a velhos paradigmas e crenças limitantes – e o resultado é tristeza e frustração. Entender quem somos, e a relação entre amor e desejo é um caminho. Entender como estas definições se relacionam e como se chocam com que somos. Porque aí mora o mistério da inteligência erótica. Se há um verbo que vem junto com amor é o "ter". E um verbo que vem junto com desejo é o "querer". No amor, nós queremos ter, queremos conhecer o amado totalmente, possuí-lo. Queremos minimizar a distância. Queremos diminuir o espaço. Queremos neutralizar as tensões. Queremos proximidade. Mas no desejo, temos a tendência de não querer voltar aos lugares em que já estivemos. Conclusões precipitadas não mantêm nosso interesse. No desejo, queremos uma ponte para atravessar. Ou seja, o fogo precisa do ar. O desejo precisa de espaço. Somos os únicos animais que têm uma vida erótica, o que significa que a sexualidade foi transformada pela imaginação humana. Somos os únicos que podem fazer amor por horas, ter momentos de pura alegria, orgasmos múltiplos, e sem tocar em ninguém, apenas com a imaginação. Nós podemos insinuar. Não precisamos fazer. Neste paradoxo entre amor e desejo, o que parece ser desconcertante é que os ingredientes que nutrem o amor - interdependência, reciprocidade, proteção, preocupação, responsabilidade pelo outro - são os mesmos que podem sufocar o desejo. Porque o desejo vem com uma série de sentimentos que nem sempre são os favoritos do amor: ciúmes, possessividade, agressão, poder, domínio, safadeza, ofensa. Basicamente muitos de nós se excita a noite pelas mesmas coisas que se manifestam contrárias durante o dia. Conseguir entender como este momento moderno interage com quem somos faz parte do Coaching de Relacionamentos.

Minha base terapêutica é a transpessoal. Uso muito a abordagem direta ao inconsciente para gerar novos significados às experiências que nos debilitam. Uso PNL, terapia regressiva, reprogramação mental, constelação familiar, entre muitas outras modalidades... E por uma questão de ter sido escolhido e não de escolher, acabei me transformando também em um Assessor Sentimental, o que chamo aqui de fazer um Coaching em Relacionamentos. É a autodescoberta de si, gerando um afiar da autoestima, um reparo da autoimagem e uma produção de verdadeira autoconfiança, que é o maior ingrediente afrodisíaco que existe. Coching de Relacionamentos não é um conselheiro amoroso - ele é um técnico que fará a pessoa se encontrar, se conhecer e estar na melhor posição com uma refinada estratégia para o gol da sua felicidade.


Por Jordan Campos – Terapeuta Clínico, Coach de Relacionamentos, Escritor, Conferencista e Músico -  www.jordancampos.com.br