domingo, 11 de setembro de 2011

Você está preparado(a) para dar o melhor de si?

 Por Gabriela Mangabeira

Todas as palestras e workshops de Jordan campos estão sendo gravados e transcritas por mim, com o intuito de sistematizar o pensamento do mesmo para a construção de seu próximo livro. Todas as partes em itálico abaixo foram transcritas literalmente.

No último dia 07 de setembro, dia da independência, Jordan Campos foi ao centro espírita "O Semeador" falar um pouco de "Amor, Solidão e Caridade", esse tripé que move as relações interpessoais e se processa na gente agora. Que solidão é essa, que amor é esse? E que caridade é essa que a gente pode fazer e está ao nosso alcance?  

Na tentativa de responder a essas perguntas, Jordan começou a palestra falando sobre a solidão, passou por contexto históricos, mostrando a visão da psicologia, filosofia e teologia. Segundo ele, todas essas teorias são interessantes, “o que a gente mais sabe nessa vida é que tudo que a gente começa, a gente vai finalizar e o nosso maior problema é desapegar.” “Ficamos tão apegado às coisas, que elas fogem do nosso controle e costumamos entrar no que se chama “conflito de solidão” ou seja, dificuldade de se desapegar dessas coisas, aí a gente acaba confundindo solidão com um bocado de coisa que não é solidão”, diz ele.

Mas o que é solidão?
"Solidão não é carência, não é ter alguém pra sair, pra conversar, isso é carência. Carência não é solidão. Carência pode ser, apenas, um dos sintomas que estão associados ao processo de solidão. Solidão também não é saudade. A resposta para o que é solidão a gente encontra na natureza. Observe uma lagarta, aquele bicho feio, vagaroso... certo dia ela acorda de manhã e não consegue sair do lugar, quando ela tenta sente uma coisa fechada, fica presa. Esse momento é o momento de solidão dela, é o momento do "deserto"... aí ela fica, espera, e um certo dia na hora de se mexer ela tem asas e na hora de tentar andar aos passos lentos de antes ela vira uma borboleta e todos admiram este espetáculo da vida, do renascimento. Mas com a gente é exatamente assim...só que, socialmente aprendemos a verificar o processo de solidão como algo ruim, aprendemos a dizer que quando tem solidão estamos deprimidos, a gente vai na farmácia e compra Fluoxetina, Rivotril...  ou começa a beber. Muitas vezes a gente tá irritado, "inflamado "e o corpo está nos ajudando, como o casulo da lagarta" - Explicou Jordan.

Jordan lembrou aos participantes que “O nosso corpo tem um principio: nos manter vivos: se ele está te mandando um sintoma, uma doença ou alguma inflamação emocional, é porque ele está dizendo: eu confio na sua capacidade, vamos lá...”  - Para ele, temos que primeiro olhar, entender em que lugar ficou nossa parte e chamar ela de volta, mas  isso só fazemos com amor.

“Amor é um tema extremamente complexo” diz Jordan. "Podemos perceber de cara o que não é amor. Amor não é apego, amor não é ciúme, amor não é prisão, amor não é posse, amor não paixão, amor não é você querer que uma pessoa fique a todo custo, amor é andar sozinho de mãos dadas, como a certeza, com a ciência - é olhar no espelho e estar feliz, é entender que a felicidade não vai existir porque a gente tem um namorado maravilhoso, porque a gente tem um marido maravilhoso, porque a gente tem um emprego maravilhoso - todas essas pessoas, se a gente colocar a felicidade nelas, vão nos decepcionar, provavelmente, um dia, pois o ser humano é altamentente decepcionante. Quantas vezes nos decepcionamos com nós mesmo?  Aí você vai colocar toda felicidade na mão de outra pessoa? E na hora que essa pessoa falhar, o que você vai fazer? E quando essa pessoa morrer?. Já dizia Jesus “A felicidade não é deste mundo", é deste mundo aqui (batendo no peito) e  baseado nessa fala Jordan retifica: “a palavra amor está extremamente ligada à palavra aceitação, você só ama quando você aceita, não é nem perdoar: é aceitar, porque perdoar pressupõe que uma pessoa está certa e a outra está errada, aceitando você fica olhando nos olhos”

"E quando falamos de amor, falamos de um princípio da caridade. Caridade não é dar esmola. Caridade não é dar dinheiro, não tem nada a ver com isso. Caridade é compartilhar com o próximo o que a gente tem de melhor, vocês estão prontos para isso? Compartilhar o que tem de melhor? Vocês querem aprender o amor? Pratiquem a caridade, façam ao próximo o que vocês têm de melhor, contribua com o próximo o que você tem de melhor, com certeza você tem algo muito bom para oferecer, nem que seja só os teus ouvidos, muitas vezes uma pessoas só precisa falar com você e se você acha que vai conquistar o mundo, que vai conquistar a vida, sem se reconciliar ou sem se resolver com as pessoas que estão dentro de sua casa, você não vai, não adianta quão longe você possa estar, você tem um laço que você precisa honrar, então você precisa resolver esse laço afetivo, o primeiro lugar pra exercer a lei da caridade é em casa".

Falando em caridade Jordan finaliza a palestra e aconselha à todos: “Chegue amanhã no trabalho, fale com todo mundo, toca em todo mundo, no começo pode ser que achem você meio maluco, você tá fazendo sua parte, você tá se imunizando contra esse vírus da solidão, desse controle de laboratório, vamos se libertar disso! Quero pedir que você possam ficar mais no presente, e que possam se reconciliar com seu passado logo, não deixem fios soltos. Vamos praticar a caridade melhor, que é a caridade de compartilhar o que a gente tem de melhor e vamos sim nos dar as mãos e ser felizes”.

Ficou com gostinho de quero mais? 
Então não deixe de dar uma olhadinha no site http://www.jordancampos.com.br/novosite/categoria/agenda/  e ficar por dentro das próximas palestras.

...

Um comentário:

  1. Jordan,

    Sei que reconciliar com os que tenho em casa sera um grande passo rumo a felicidade.
    Mas a casa que me refiro agora é esta "casa" aqui dentro de meu peito. Cheia de "moveis velhos" , poeiras encrustadas nos cantinhos do subconsciente, manchas nos tapetes que antes deveriam acolher meus pés na passagem por este mundo.
    A solidão para mim hj é estar nestecenarioe com a maior preguiça em remover-me para o lado de fora - para a Luz.

    Ach que preciso tocar em mim mesma , me auto abraçar num ato de caridade suprema pela pessoa que eu sou realmente.

    Que bom ter lido este texto e poder refletir . Grata , meu querido.

    (Agradeço também a Maria Isabela por ter deixado o pc aberto e este link na "minha cara".)

    EU VOU CONQUISTAR O MUNDO!!! O MEU MUNDO !!!

    Angela Amado Chaves

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