sexta-feira, 16 de março de 2012

O HOMEM BAIANO

(Por Jordan Campos)
Baiano, oxente... Tem o jeito explícito de gritar seu nome como um trio de carnaval só para você ficar visada e ninguém meter-se de axezeiro. Também encara nos olhos, mas o que fala nele é o sorriso escandaloso, bate as pernas agitado, levanta as sobrancelhas ao olhar uma boca... e beija, como beija um Baiano. Baiano fala arretado, e canta uma canção em cada sílaba tônica de sua expressão (até mesmo quando não fala). Ele não dorme: ele vai na verdade para um “Ensaio Geral do Morpheus”. Ele é homem, quente e selvagem também. Baiano já comeu o bolo enquanto você foi catar o milho e esqueceu da vida. De preguiça aqui não tem nada. Só se você o pegar de jeito, e nas redes do teu embalo o ninar do amor mais ninado que há. Baiano sabe que o amor é para cantar, sem importar a rima, o refrão ou a questão literária a discorrer. Ama com seu calor e com sua proteção. Com sua fidelidade de território que ele se esbanja em mostrar. Baiano? Baiano é multiamor, multitoques, multibeijos, multiorgasmo. Mistura de todos os credos na oração da cama, da mesa e dos "banhos". Baiano te inunda sem te jogar água e faz da tua correnteza o barco de onde só ele sabe remar e navegar. Baiano é aventura no plural, eufemismo escandaloso e sim, um baiano sabe como amar!

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