Por Jordan Campos baseado no “Livro do Viver e Morrer Tibetano”
Prólogo
Para aqueles que estão no caminho de entender que “A vida é uma viagem, bebida sem gelo... Engolida às pressas, às vésperas da sede”
E que insistentemente provocam no seu caminho, revoluções.
São vistos como burros, imaturos ou qualquer adjetivo que os intitule: medíocres.
Poucos sabem na prática que o caminho de toda a verdadeira luz e da máxima perfeição que possamos ter aqui na Terra é composto de uma insistente luta-batalha...
Por uma certeza interna que inevitavelmente no início do caminho do aprendiz, leva à repetição, à tentativa e erro, e à uma desordem que é a própria evolução.
Entendamos:
Ato 1 (Primeiros Passos)
Ando pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio...
Estou perdido... Sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.
Ato 2 (Oportunidades de Aprendizagem)
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.
Ato 3 (A Insistência do Imaturo e o Choque)
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Vejo que ele ali está.
Ainda assim caio... É um hábito.
Meus olhos se abrem.
Sei onde estou.
É minha culpa.
Saio imediatamente.
Ato 4 (O Princípio da Maturidade)
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.
Ato 5 (Evolução)
Ando por outra rua?
Ou volto e vejo que vale à pena concertar o buraco e não cair mais?
Epílogo
“Não vim até aqui pra desistir agora, Entendo você se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez nas últimas 24 horas, Se depender de mim Eu vou até o fim.
Falando assim parece exagero, Pois Eu não vim até aqui pra desistir agora.” (Gessinger)
A opção final vinda da boa dor da maturidade nos faz, com gratidão e respeito, agradecer ao buraco da queda - sem eles não seríamos quem somos hoje.
A opção em andar por outra rua e deixar o buraco lá é nossa.
Mas alguém há de rapará-lo, apenas com Amor pelo mesmo,
Caindo de novo e de novo, em alguns atos como acima, no mesmo tipo de caminho.
A opção de pôr as mãos nele, aceitá-lo, concertá-lo e ressignificá-lo é a que poupa, que inevitavelmente, mesmo andando em outra rua, encontremos o mesmo tipo de buraco e caiamos nele.
Não subestime o buraco.
Alguns chamam isso de necessidade de aprendizagem.
Alguns chamam de “Carma”.
Outros, simplesmente de Lei de Deus.
Eu chamo de Amor.
...
Já caí tantas vezes em um buraco, parecido com esse.
ResponderExcluirAinda não sei se já devo andar por outra rua, ou concertá-lo, ou simplesmente ignorar.
Ainda não sei.