sábado, 12 de maio de 2012

Mãe...




Mãe... Tenho sentido sua falta. Neste “dia das mães” queria poder te ter por aqui da forma que queria mesmo. Nada subjetivo ou em consolo. Queria sentir teu cheiro. Queria pular no teu pescoço com a neta linda que você não chegou a tocar.
Queria brincar de bruxo contigo e fazer mil mágicas reais e você ficar doidinha, rsrs
Queria te ver discorrer sobre os livros que escrevi e que nunca leu.
(suspiro ...) Naquele dia, há sete anos atrás, quando você fechou os olhos para este mundo. Quando estávamos, poucas horas antes, assistindo ao filme Gladiador (o seu preferido) e você repetiu olhando para mim a fala: “o que fazemos aqui ressoa na eternidade”... Eu sabia que estava se despedindo... 
E fizemos isso juntos e de mãos dadas. Lembra?
Tenho lhe sentido durante este tempo todo por aqui.
Acabei sabendo de você mais e mais pelos outros do que pelo que vivi contigo. 
Ouvia suas histórias de "bruxa do bem" e de como era a “mestra” de tanta gente com sua intuição, riso e espiritualidade. Contando nos dedos, acabamos vivendo apenas três anos corridos juntos, dos vinte e tantos que fiquei sem nem te ver. 
Hoje não me importa o que aconteceu, pois te levo aqui, e me assusta lindamente o quão igual que somos.  Cometi erros repetidos pela tua ausência.
... E outros tantos acertos pela tua influência.
Na balança lhe tenho um amor a cada dia mais presente e contente.
Eu sou sua herança, e vou fazer o meu melhor. Eu te honro agora.
Desejo que todos os filhos que ainda têm suas mãe vivas por aqui...
Possam ser tocados e aproveitarem esta rara e frágil vida que os coloca ainda em laços terrenos. Eu sei que me escuta nestas palavras escritas às pressas.
Sinto até um beijo de vento em minha testa grande que herdei de você (risos...)
Que neste dia das mães... O mundo possa ficar um pouco melhor. 
Além do almoço junto, do presente físico... Estou e fico, assim, feliz! 
Este é um escrito de riso e contemplação do que sou por ti.
Jamais verbos tristes. Isso jamais combinaria com a gente.
“Que a tristeza então nos convença que a saudade não compensa...
E que a ausência não dá paz – pois o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama que não se desfaz jamais.
E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo... Como nunca mais.”

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