quinta-feira, 26 de julho de 2012

VAMOS FALAR DE SEXO?

(Por Jordan Campos) 

Sessão: Partes Baixas / Sexo Oral ... Nas vésperas da UTI DA RELAÇÃO – Que vai abalar a cidade de Salvador ainda este ano, vou discorrer aqui um pouco do que também vai ser tratado por lá. Tire as crianças e a vergonha da sala. O assunto hoje é SEXO ORAL. Não, não vou falar no assunto não, é sobre o ato mesmo, ok? Você sabia que um dos maiores problemas das relações hoje é o sexo? Sim, principalmente a vergonha, os tabus, os bloqueios, a insegurança em fazer o que quer ou pedir o que deseja. Por mais evoluídos que possamos parecer sexualmente a realidade não é bem assim, não. Pelo menos em relações sérias, como casamento, por exemplo. Informação sexual é uma coisa. Educação sexual é outra. Libertinagem sexual é uma coisa. Liberdade sexual é outra. Este texto mesmo vai chocar. Vão dizer: “não sei como o Jordan teve coragemmmm...” – Ora, tendo! Eu sou terapeuta. E terapeuta tem que ser sexólogo, um quase ginecologista e urologista, isso é fato! (sem precisar mandar tirar a roupa, que fique claro, mas a roupa da alma cheia de máscaras e véus, sim). Vou fazer meu papel de abrir os olhos e quem sabe salvar uma relação aqui hoje.

O assunto em pauta é sexo oral, então. Eu diria que 70% dos casais tem algum problema com isso. As mulheres reclamam em 80%, os homens em 30%. Eu realmente não consigo entender homem que não gosta de fazer sexo oral na sua mulher. É um pouco como não gostar de pizza, sorvete ou de chocolate. Conversar bem de pertinho com a piriquita (não me leve a mal, é um termo querido e carinhoso que elas dão) da mulher amada é um desses prazeres absolutos, que deveriam pairar acima das diferenças de gosto individuais, entrar no currículo de todas as escolas de ensino médio, constar na Constituição dos países como um direito inalienável – e, ao mesmo tempo, um dever cívico – de qualquer cidadão que se dê ao respeito. A única explicação que encontro para inapetência bucal de alguns homens – minhas condolências para o namorado ou marido que pertencem a essa estirpe – é que no fundo, eles não devem gostar de mulher. São homens que se dizem heterossexuais e românticos, mas não amam de verdade o delicado e poderoso universo feminino. São sujeitos metidos a machões que no fundo gostam mesmo é de pêlos, músculos e testosterona. Se fossem romanos, viveriam nas termas com seus colegas centuriões, caçoando das mulheres, cercados de jovens mancebos seminus.

Acredito que homens assim costumam considerar as mulheres seres inferiores. Têm nojo de vagina. Sentem asco das umidades, das reentrâncias, das texturas, das sensacionais fragrâncias do corpo feminino. E enxergam submissão no ato de colocar a boca na genitália alheia. Por isso adoram ganhar sexo oral, mas dariam um testículo para não retribuir de jeito algum. E não raro fazem questão de ganhar o seu em pé, obrigando a mulher a se prostrar de joelhos à sua frente. Gozam mais com essa falsa sensação de poder e dominação do que com qualquer outra coisa. Um desbalanço, uma injustiça e um contra-senso contra os quais eu me insurjo indignadamente. Eu sei, muitas mulheres, mesmo as modernas e independentes, ainda nãos e sentem completamente à vontade na hora de receber esse carinho. Aliás, de tão tensas, apreensivas e constrangidas, mal conseguem relaxar, curtir e sentir prazer.

É o seu caso? Vamos lá... Você tem muito a ganhar perdendo a vergonha, sabia? Pare de achar que suas fendas, orifícios, curvas, retas e mucosas não são um bom lugar para um sujeito passear com sua língua. Eles são o paraíso!!!! Posso garantir isso a você. Não há nada mais encantador e saboroso, para o homem que sabe o que quer, do que a vulva, o clitóris, os aromas hormonais, a greta rósea, os pelinhos perfumados e sedosos. Afundar os lábios, os nariz, o queixo, o rosto inteiro nesses desvãos e esconderijos é a expressão máxima da excitação masculina, da doce entrega de um homem aos mil prazeres que só uma mulher pode proporcionar. Sentir o cheiro quente e o toque macio daquelas carnes túrgidas e privadas, da intimidade alheia se abrindo inteira para você. Beijar com vagar e volúpia os pequenos e grandes lábios, carnudos, reluzentes, intumescidos. Lambuzar-se por inteiro nos líquidos cristalinos que só gineceu (órgão feminino das flores) pronto para acasalamento sabe produzir – e sorver o seu gosto ímpar, raro, inesquecível. (ok, volte a respirar agora, relaxe, você ficou tenso (a) lendo isso foi? Apenas citei nomes anatômicos seguidos de adjetivos).

Enfim... Sexo oral é sofisticação do paladar, iguaria gastronômica, refinamento do olfato e de todos os sentidos. Sexo oral é quitute, é biju, é bouquet, é comida fina – não pode ser um tabu. Sexo oral é coisa de quem sabe viver. De quem é feliz e gosta de fazer feliz. Sexo oral é bom de ganhar e muito melhor de fazer. O homem que não souber disso não merece o “chope” que bebe. E não merece você!

Um comentário:

  1. Só não se deve esquecer das DSTs. O amor é muito melhor que o sexo.

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