sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

De toda a verdade, embora relativa, nua deixei.


Por Jordan Campos


Pra confessar, não sou do tipo que manda flores:
Não suporto coisas belas que vão embora rápido de mais.
Pra confessar, já fiz muitas besteiras
E cada vez que eu me arrependia eu queria de novo, tudo, em dobro, paranóico.
Pra confessar eu não sabia se meu jeito faria um dia alguém realmente feliz!
Não pertenço a mim, e isso me fez assim,
Sou uma bala perdida em uma noite de inverno procurando o calor:
Invadir o corpo, e dormir, quieto, ali.

Pra confessar nunca senti falta de quem me fez falta, mas agora as coisas parecem estar mudando.
Pra confessar sempre funciono melhor sob pressão e em dias de chuva
Naqueles dias em que meu cabelo nunca seca ... eu me sinto tão feliz.
Pra confessar em trinta anos vivi uns duzentos e pouco

E falando bem sério sou tão impulsivo que não admito teorias no travesseiro.
E praticamente isso já me trouxe muita encrenca e o maior sorriso que já dei.
Falando sério fico de cama umas cinco vezes ao ano:
duas são de verdade, e as outras, bem, para descansar um pouco de tudo, eu acho.
Penso tanto em tudo, que o tudo às vezes fica sem graça, rotina popular.
Mas confesso que tudo é bem simples para mim,
como uma equação que mede a velocidade e o peso de um distante buraco negro.

Um comentário:

  1. Realmente quem conhece o autor sabe que o mesmo tem energia de sobra.Descansar?se existe essa palavra no seu dicionário deve ter outro significado porque quem convive com Jordan sabe que ele é pura adrenalina,rss.Esse comportamento é contagiante, não existe ontem nem amanhã só o agora.Impulsividade é outra característica sua, mas simplicidade e leveza tb.Adorei o texto.É o seu retrato.Bjs, muita PAZ!

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