quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Soneto da Procura


Por Jordan Campos

Há de me devorar esta conduta escapísta e retórica
Quando o céu não mais profetizar minhas rimas insanas
Trancado na cela de cadeado frágil em cela exótica
Procuro ver a mim mesmo dando mão a velhas ciganas.

Inverto o nexo dos normais e me vejo listrado
Existe uma gula anormal que sempre burla a dieta
Sou o cardápio avulso num restaurante badalado
O limite do impulso, vendo TV no meio da festa.

Procurando o que já achei e deixei, fugitivo.
Vivendo elos sadios, doentios e lindos.
Magoando sem querer, perdoando, prometendo entender.

A velha busca que nos faz conscientes eu vivo.
Defendendo a bandeira piegas dos amores que nunca são falidos.
Voando além, rindo do inconveniente que me faz apenas Ser.

...

Um comentário:

  1. Muito lindo, parabéns!a última frase traduz o sentimento de muitos.Muita PAZ1bjs.

    ResponderExcluir