Por Jordan Campos
Este é um relato real e forte.
Tire as crianças da sala.
Escrito em um momento confuso.
Sob efeito de um cocktail de drogas lícitas.
Quase perdendo os sentidos
Estou pensando, tentando relatar algo.
Do tudo que me vem agora.
Há algo explícito aqui, eu sinto.
Penso no passado e no futuro
Não sinto o presente: estou ausente.
Minhas pálpebras pesam
Minha cabeça se compacta e dói.
Respiro estranhamente.
Minha alma não consegue ser.
O leitor cerebral com defeito está, não a alma.
Com a mão no queixo me esforço
“Sobre o que mesmo eu ia falar?”
Este silêncio é ensurdecedor.
Aqui, assim, não tenho virtudes.
Sou impotente até para pegar água.
Se não existisse o “mas”, talvez eu tivesse explicação.
Eu sou o meio termo
Entre o pseudo-lúcido e o louco.
Entre estes remédios e o veneno
Entre a utópica realidade e a vivida ilusão
Sou metafísico, plasmático.
Um desengonçado ectoplasma intoxicado.
Mas há de passar mais uma vez.
Essa gripe inoportuna...
Amém.
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Querido amigo, você consegue fazer poesia dos assuntos mais complexos e aparentemente difíceis.Muita PAZ!bjs.
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