quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Toda a Loucura que nos há.


Por Jordan Campos

Há quem goste dos venenos mais lentos!
Sentir o consumo quente de todo o suor
Pensar num instante em tudo que se fez ou nunca também
E lentamente se deixar levar ao limite do antídoto
Acha que o veneno trará a imunidade...
E arcará sozinho com as responsabilidades e seqüelas
Sozinho. Egoísta proposital.

Há quem goste das bebidas mais fortes!
O absinto que sinta queimar toda a tola razão
E poder dizer de cara limpa que não foi o próprio que estava ali.
Fuga mesquinha e covarde? Mas o que fazer nessas horas?
A garganta acesa para falar o que há
Para tentar decifrar se foi um vício ou uma queda
Tentar.

Há quem goste das drogas mais poderosas!
Para aprender a lutar, academia da mente.
A química que corre nas veias o pertence.
Mas acham que não pertence a ela. Tsc, tsc...
Doses e overdoses para parar esta louca ansiedade
E controlar o pânico no que não existe.
Existe?

Há quem goste dos cafés mais amargos!
Para acordar de vez dos pesadelos mais absurdos
Para olhar em volta e apenas soltar um suspiro esquisito
Para queimar a língua de todos os julgamentos em vão.
Para restabelecer a ordem no barril de pólvora
E eu que nem tomo café
Tomava.

Há quem tenha um apetite voraz
E os delírios mais loucos
Roubando frases feitas a sangue frio
E montando suas próprias conclusões
Tendo o impulso dos que vão à lua sem construções
Fazem para si nem sempre o que há de melhor
Mas nunca fazem o que não querem fazer não!

Há quem goste de brincar de calda de chocolate.
E esquecer que na verdade não é a calda, mas sim o sorvete por debaixo.
Há quem não é contra e nem a favor, muito pelo contrário.

Existem também os normais, nunca entendidos, no hospício mais próximo.

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