sábado, 7 de agosto de 2010

Nasce a Terapia Transpessoal Sistêmica - TTS

por Jordan Campos

"No coração da terapia sistêmica reside a suposição de que os seres humanos, na sua interação uns com os outros, fazem convites para se juntarem numa ‘DANÇA de adaptação mútua." (Jones, 1998-1999)

Estamos claramente esbarrando num grande colapso científico que através de suas abordagens clássicas acadêmicas, principalmente nas áreas médicas e psicológicas não estão congruentes com o atual grau de exigência e complexidade dos conflitos maiores do Ser Humano deste novo século, na sua vida diária.

A inserção do pensamento sistêmico não é nova, se deu no final da década de 1950 quando o mundo começou a passar por uma intensa mudança de paradigmas, levando assim, a psicologia a utilizar o pensamento sistêmico que advém da física quântica e que nas suas últimas forças contemporâneas passou a ser denominada de Psicologia Humanista ou Psicologia Transpessoal. O pensamento sistêmico se refere a uma nova visão de mundo, focando o interesse pelas relações. Se o objetivo da psicoterapia atual é apresentar soluções aos conflitos humanos, é de grande importância que possamos contextualizá-los dentro do sistema amplo de relações visíveis e invisíveis; conscientes e inconscientes; presentes e atemporais; que nos inserem numa gigante rede de complexos relacionamentos. A personalidade congênita, por exemplo, e os emaranhamentos desta hipótese tão clara com a realidade de que não nascemos no modelo cartesiano de ‘papel em branco para aprender e estruturar uma personalidade, e sim, expressar a mesma já pré-existente, seja esta expressão de identidade no modelo do "inconsciente coletivo" de Jung, seja no modelo das constelações familiares de Bert Hellinger, seja no modelo energético proposto pela física quântica de Max Planck, seja no horizonte de existências passadas dos postulados de Brian Weiss e Hans Tendam.

O fato único é que todos nós como seres humanos estamos inseridos numa grande rede relacional. Esta rede pode estar relacionada a outras redes num complexo sistema. Por isso a necessidade de transcender à prática ortodoxa e unilateral de qualquer prática de terapia, de deixá-la totalmente transpessoal, mas segura sim, em um sistema coeso, experimentado e de resultados práticos. O conceito holístico e transpessoal gerou uma grande moda de ação de terapias alternativas, que muitas vezes falam a mesma linguagem e agem de forma congruente, mas acabam banalizando o termo e a ação por falta de estarem inseridas nesta rede que chamaremos de sistema transpessoal, e por conta de muitos profissionais se limitarem a um foco de ação, podendo estes ampliarem suas ferramentas de forma integral e ter maior poder de retorno.

Podemos afirmar que o pensamento sistêmico é o novo paradigma da ciência, uma idéia que já vinha sendo cogitada a algum tempo e que traz implicações revolucionárias e profundas no âmbito cientifico, e que também repercute no âmbito pessoal. Jung, um dos maiores pensadores do século XX, a partir de sua investigação clínica declarou que o método analítico era insuficiente e defendia que o método sintético, fundamentado pelo pensamento sistêmico, se caracteriza como um processo natural de unificação de todos os processos psicológicos. Esta crença também foi adotada por outros grandes pensadores como Frederick Perls, o criador da abordagem "gestáltica" e Viktor Frankl, o precursor da "Logoterapia".

Uma das bases da estruturação da TTS, tendo como base as experiências e conflitos é também a inserção terapêutica da epigenética. A epigenética é o estudo de como o meio ambiente controla e modifica a atividade genética e, é hoje uma das áreas mais atuantes da pesquisa científica em geral. O velho conceito que aprendemos na escola e Academia de que os genes carregam apenas estruturas biofísicas, dá lugar a um novo horizonte, que nos esclarece que o meio social, as experiências e conflitos são fatores de modificação genética e transmissão hereditária. Este conceito ajudaria na explicação de doenças auto-imunes, câncer, esquizofrenia entre outras. A epigenética é uma das células macro do pensamento da TTS. Estamos falando aqui de um salto quântico imenso, em que o profundo processo terapêutico insere-se de modo total. O Dr. Bruce Lipton sacudiu o mundo científico com a organização deste pensamento que resulta no que chamaremos de Biopsicossomática.

Uma das características importantes e relevantes no pensamento sistêmico transpessoal que unificamos aqui é a LOCALIZAÇÃO, ou seja, encontrar o objeto de conflito no contexto atemporal e multidimensional expresso no que chamamos de presente do tempo e entendê-lo dentro de um sistema. Desta forma a LOCALIZAÇÃO evidenciará as interligações, fazendo com que esse sistema transpessoal interaja com outros sistemas promovendo uma rede de padrões interconectados e ecossistemas. Outra característica desta abordagem é o PRINCÍPIO DIALÓGICO que significa articular como forma de unir conceitos, focalizando as possíveis e necessárias relações entre as disciplinas, e efetivando as contribuições entre elas para o "terapeutizando". Uma verdadeira interdisciplinaridade multifocal.

Chegamos então aos SEIS SETORES MACROS DE ESTUDO, desenvolvimento e abordagem prática da TTS que são as EXPERIÊNCIAS e CONFLITOS da vida pós-parto; a experiência e conflitos da vida intrauterina; a experiência e conflitos dos nossos antepassados parentais (vidas passadas biológicas); a experiência e conflitos da realidade de existência infinita, multidimensional e atemporal; a experiência e conflitos invasores energéticos; e a experiência e conflitos de religação com o divino. O Ser Humano passa a ser examinado e evocado ao autoconhecimento profundo através da localização de experiências e conflitos existentes nestas SEIS ZONAS MACRO.

É importante finalizar lembrando que as psicoterapias de orientação transpessoais uniram o pensamento psicológico ocidental com as práticas religiosas e espirituais do oriente como o budismo, o sofismo, o tibetanismo entre outras; dando uma grande ênfase aos outros níveis de consciência que transcendem o ego, promovendo uma visão sistêmica do homem. O movimento transpessoal contribui assim, de maneira efetiva para a integração da ciência, filosofia e o espiritual, permitindo ao homem ver e vivenciar todos esses aspectos que transcendem à sua identidade pessoal. O contexto e a missão agora é a organização desta unificação numa metodologia de ação que mostre eficiência terapêutica e resultados visíveis, profundos e velozes. Organiza-se assim a: TERAPIA TRANSPESSOAL SISTÊMICA.

Site: www.jordancampos.com.br
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