sábado, 21 de agosto de 2010

Caminhos, Meios e Fins.

Por Jordan Campos

A felicidade entrou arrebatadora por entre as frestas
E fez a festa em mim.
Uma voz sussurrava em meus ouvidos cansados e atentos:
Chuva, quero chuva sobre mim...

Nem mesmo o mal ousaria me tentar
Com medo de ser tocado quem sabe, por um sorriso, e que eu pudesse aceitá-lo.
E lhe mostrar que ele inexiste... O mal é apenas um bem fora de lugar.
A voz continua a sussurrar e meus olhos molharam
Vai, segue, confiamos em você...

No que eu pergunto se só eu a escutaria, responde:
Não, gritamos em cada ouvido, a cada minuto
Mas as brigas em casa e a intolerância ensurdecem.
Os livros repetidos de auto ajuda levam a audição externa para uma fórmula que não lhes pertencem.
As crenças e achismos me confundem com o horóscopo do dia e com qualquer trevo de quatro folhas que se ache...

A felicidade arrombou então a porta
E trouxe toda a luz do sol
Que seca e começa a dor
Independente e egoísta como deve ser em primeira instância
Para só depois poder tocar o mundo
Não podemos ir ao mundo com vernizes
A primeira chuva levaria...

Oremos e esperemos as provas.
Se elas vierem, nossa oração passou pelo "moderador"
Se não vier prova, aperto, uma dor que seja: repitamos - o "moderador" rejeitou o pedido.

2 comentários:

  1. Lindo texto! Coragem p/ viver a vida, coragem p/ buscar, ou reconhecer nossa felicidade! Acho que ela é na verdade companheira eterna, está ali em cada momento, rspeitando apenas os momentos em que precisamos acolher a dúvida, preocupação, tristza, p/ no momento seguinte voltar a seu lugar! Ela é inabalável, segura de que seu lugar em nós ninguém tira. Ela tem muitas faces e se veste das mais variadas cores e formas, p/ manter sua presença conosco. Pena que nós, com nossas inseguranças e carências muitas vezes não a enxergamos ou reconhecemos. Belo texto!

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  2. Obrigado nanda!!!
    Sua presença aqui é fundamental.

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